O termo grandeza, na nobreza
com grandeza, é um tratamento honorífico dos antigos "Grandes do
Reino". Originalmente era uma recompensa e reconhecimento por serviços
grandiosos prestados à pátria, principalmente em tempos de guerra.
Apanágio
concedido por beneplácito dos reis e imperadores que reconhecia e
confirmava a existência das qualidades pertinentes para a nobilitação do
indivíduo, e a expansão da condição de nobres aos seus descendentes
diretos.
A grandeza não era hereditária, mas enobrecia os descendentes dos Grandes.
Dentre os direitos e deveres concedidos pela condição de ser
reconhecido e tornado Grande estavam: o de poder sentar-se e manter a
cabeça coberta na presença real, marcar hora e local para prestar
depoimentos. Prisão e condenação à morte só poderiam ocorrer com
autorização real.
Eram também direitos, o privilégio de ter preparada permanente na
própria casa, uma cadeira com dossel para receber o Rei, e ostentar brasão de armas na fachada das casas, sobre as sepulturas, capelas e nos veículos de transporte.
Aos Grandes e seus descendentes era necessária a licença para
casamentos. Os filhos e descendentes dos Grandes tinham o direito de
assentarem praça como cadete.
As regalias e direitos da Grandeza no reino de Portugal e no império do
Brasil não eram excluídas aos que descendiam dos Grandes pelas linhas
femininas.
Barão e visconde
eram títulos que não possuiam automaticamente a distinção de grandeza,
mas esta podia ser conferida por decisão do monarca, seja no próprio
decreto de concessão do título nobiliárquico ou em promoção posterior.
Assim, havia Barões e Viscondes com e sem grandeza. Os Barões com
grandeza, como marca de sua distinção especial, tinham o direito de
usar, em seu brasão, uma coroa de visconde em lugar de uma de barão. Da
mesma forma, os viscondes que recebiam a honra de grandeza podiam
utilizar, nos seus brasões, uma coroa de conde no lugar da de visconde.
Já ao conde, ao marquês e ao duque, a honra da grandeza era inerente ao título, da mesma forma também a um par do Reino, oficial-general, bispo, arcebispo e cardeal.
No Império Brasileiro, as titulações de Grandeza eram registradas no Cartório da Nobreza.
Na monarquia da Espanha ainda estão em curso as leis da Grandeza.
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